Entrevista com Matt Kean á revista LOUD!

Entrevista com Matt Kean á revista LOUD!

A revista LOUD! fez uma reportagem com o Matt Kean, veja como ela ficou:

 

Os BRING ME THE HORIZON são, ao mesmo tempo, uma das mais amadas e odiadas bandas da geração do metalcore. A banda de Sheffield consegue polarizar de tal forma as opiniões sobre si própria que, muitas vezes, os seus concertos acabam em confronto físico entre os elementos do grupo e a audiência, enquanto por outro lado o último disco, «There Is A Hell, Believe Me I've Seen It. There Is A Heaven, Let's Keep It A Secret» disparou para o 17.º posto da Billboard, 13.º no Reino Unido e 1.º na Austrália. Nos próximos dias 17 e 18 a banda estará, juntamente com os Machine Head, Devildriver e Darkest Hour, em Portugal para dois concertos em Lisboa e no Porto e aproveitámos a ocasião para falar com o baixista Matt Kean.

Como tem corrido a digressão até agora?
Tem corrido bastante bem. Ainda só fizemos três datas, mas tem estado a correr lindamente. É uma tour gigante, por isso estamos todos excitados por fazermos parte dela.

 

São provavelmente a banda mais “diferente” do cartaz. Como têm os fãs dos Machine Head reagido ao vosso espectáculo?
Bastante bem. Tivemos uns problemas com algumas pessoas do público na Finlândia, mas ou se gosta disco ou não se gosta. Não existem motivos para as pessoas terem comportamentos cretinos só porque não gostam de uma banda. De resto tem corrido muito bem.

 

O Jona [NR: Weinhofen, guitarrista] acabou por partir a mão nesse concerto. O que aconteceu exactamente?
Alguns miúdos estavam a distribuir porrada nas primeiras filas e ele foi lá. Houve confusão e ele acabou por partir a mão.

 

Vai sair da digressão por causa dessa lesão?
Não. Por algum motivo que me escapa, e apesar de ter gesso na mão, mesmo assim consegue tocar, o que é porreiro.

 

Vocês são claramente uma banda que se ama ou se odeia. Porque achas que as reacções aos Bring Me The Horizon são tão extremas?
Não faço a menor ideia. Sei que há muita gente que não gosta da nossa banda, mas percebo o que queres dizer... somos uma daquelas bandas que polariza os gostos do público. Só não percebo porque existem pessoas que nos odeiem tanto como nos odeiam.

 

O facto é que essas pessoas que vos odeiam expressam muitas vezes esse sentimento quando vos vêm ao vivo.
Sim, definitivamente. É uma coisa que nos acontece desde o início da carreira. Há miúdos que adoram a nossa música e depois há outros que parecem que não conseguem viver no mesmo planeta que ela. Não sei explicar esse fenómeno...

 

É complicado para vocês não reagir fisicamente quando está alguém em frente ao palco a insultar-vos?
Sim, definitivamente. Não compreendo como é que alguém que não está a gostar do concerto não se vai embora e prefere ficar ali a dizer mal daquilo. É provocatório. Depois, há ocasiões em que as pessoas começam a gozar ou a agredir os miúdos que estão ali a curtir a música... Isso é demais para nós. Normalmente aí reagimos.

 

É uma coisa que tende a acalmar com a experiência, ou ficam ainda mais furiosos?
Não sei... Não é algo que possa qualificar ou pôr por palavras. Quando acontece acontece.

 

Essa polarização de opiniões em relação à vossa banda é algo que vos agrada ou evitá-la-iam se pudessem?
Não sei... As pessoas parvas serão sempre parvas. Não é algo que me faça deixar de dormir, o facto de haver pessoas que não gostem de nós sem qualquer motivo.

 

Mas reconheces que vos coloca sempre nas bocas do mundo e vos aumenta a popularidade?
Sim, definitivamente, mas não ligo muito a esse tipo de coisas.

 

Quais são as vossas expectativas para as datas em Portugal? É a primeira vez que vão tocar por cá.
Sim, vai ser a primeira vez e vai ser bom. Estamos excitados por ir aí e é uma das datas em que temos mais expectativas de toda a digressão. Queremos ver os nossos fãs portugueses.

 

O vosso último disco foi muito bem recebido pelo público e imprensa. Já fizeram saber que, assim que esta tour termine, começam a trabalhar no próximo. Já há ideias?

Não. Sabemos que vamos começar a compor mais ainda não temos nada, nem sequer um esboço de riff. Vamos ver o que sai dali quando nos sentarmos para começarmos a escrever. Mas é sempre isso que acontece... Somos aquele tipo de banda que só funciona bem sob pressão.